Você sabe a diferença entre roubo e furto? Pois bem, em termos jurídicos, o roubo se manifesta por meio de violência e consiste na apropriação de coisa móvel pertencente a outrem. Já o furto, mesmo havendo também uma apropriação de coisa móvel pertencente a outra pessoa, não se manifesta por meio de violência e / ou ameaça.
A cargo desses conceitos, o OPN se propõe a analisar os dados sobre roubos e furtos consumados na cidade de Ponte Nova, bem como observar quais os principais alvos registrados de ambos os crimes.
O gráfico abaixo traz informações de 2015 a 2020 sobre os casos consumados de roubos e furtos em Ponte Nova. Os dados foram extraídos da Sejusp – Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais. É válido destacar que os casos consumados são aqueles cujo processo já se completou ou seguramente irá se completar. Todavia, o ano de 2020 ainda pode sofrer ajustes em função de auditorias e por contemplar apenas os meses de janeiro a novembro, segundo informações da própria secretaria.
É importante, nesse contexto, observar que o contingente de casos de furtos consumados é maior, visto que o crime se manifesta em situações não violentas e, muitas vezes, sem a presença da vítima.
Quais são os principais alvos de roubos e furtos em Ponte Nova?
Os dados de roubos registrados de 2015 a 2020 demonstram que os transeuntes – indivíduos que transitam em local público de forma temporária – são as maiores vítimas de roubo seguido dos estabelecimentos comerciais. No ano de 2017, por exemplo, dos 78 casos de roubo, 53 foram cometidos contra transeuntes e 16 contra estabelecimentos comerciais. Em alguns anos, roubos a residências também ocorreram com frequência significativa, como é o caso de 2020, tendo sido registrados 11 casos, o que nos leva à seguinte indagação: teria o fechamento do comércio em decorrência da pandemia influenciado no aumento de roubos a residências?
Não muito diferente dos dados de roubos consumados, mas com incidência significativamente maior, os principais alvos de furto são residências, estabelecimentos comerciais e transeuntes, como pode ser observado no gráfico abaixo. Mesmo apresentando queda nos últimos dois anos, nota-se que há um padrão nos alvos de furtos.
O ano de 2018, por exemplo, tendo sido o ano mais expressivo em número de furtos, foram consumados 166 casos em estabelecimentos comerciais e 123 casos contra transeuntes. O número de casos contra residências foi ainda mais expressivo, com um total de 255 furtos consumados. Diferentemente do número de roubos consumados em 2020, o número de furtos apresentou queda. Observa-se, também, que o fechamento do comércio em decorrência da pandemia parece ter influenciado nos casos de furtos a estabelecimentos comerciais, com o total de casos chegando a 77.
* Nota
A imagem em destaque é proveniente do Pixabay.
Agradecimentos a Ricinator.